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A linha florescente

Elizabeth Jobim

Ao invés de uma linha, uma costura. Nessas pinturas recentes de Elizabeth Jobim, os planos estão interligados, unidos não mais por uma linha abstrata, mas por uma marca física, plenamente visível como elemento manifesto – interrupção e separação dos planos de cor. Aqui, a tela se organiza à maneira de um patchwork absolutamente bidimensional, uma construção de tecidos organizados e costurados fora do chassi, e como um transplante de bidimensional tornado pintura – a pele mesma pintura.   (leia mais)

Entre tempos II

Elizabeth Jobim

Meu trabalho tem esse cerne que é a passagem do espaço ao plano e vice-versa. Da visada da escultura no espaço ao desenho no plano do papel nos 80, das telas com volume nos anos 2000 aos Blocos de pintura no espaço.

Hoje as pinturas estão na parede e se abrem pela costura, seu avesso e sua dobra, projetando-se no espaço.  (leia mais)

Entre tempos
Raphael Fonseca - Texto da Exposição Entre tempos - Galeria Simões de Assis, Curitiba - 2021

 

A trajetória de Elizabeth Jobim dentro do campo das artes visuais possui cerca de quatro décadas; sua primeira participação em uma exposição foi em 1982, no Rio de Janeiro. Quando observamos trabalhos de diferentes momentos de sua pesquisa, dois elementos parecem constantes: a pintura e suas relações com o corpo humano. (leia mais)

Lembra
Lauro Cavalcanti - Texto da exposição Frestas Lurixs, Rio de Janeiro - 2019

Para o menino maranhense Ferreira Gullar, cada objeto continha, debaixo dele, o seu nome. Um pedaço de rocha teria, gravado na terra, o seu significante, “pedra”. Sob o tronco, estaria escrito o vocábulo “árvore” e, no fundo do curso d’água, “rio”. Adulto e carioca, o poeta, a propósito desse hábito da infância, compôs o poema-objeto no qual um pequeno cubo azul, uma vez levantado da base branca, revelava a palavra “lembra”. (leia mais)
Variações
Antônio Sérgio Bessa - Texto da exposição Variações no Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2019

Esta exposição foi concebida como uma provocação conceitual, na qual a artista consentiu em reduzir seu vocabulário a um mínimo – tanto no que diz respeito ao formato, às cores ou aos materiais – articulando-o por meio de variações. Assim, o curador esperava tornar aparente a gramática desse processo. (leia mais)
Ensaios

Marta Mestre - Texto da exposição Ensaios na Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, 2018

Nos últimos 35 anos o trabalho de Elizabeth Jobim foi acompanhado de várias leituras críticas que aprofundaram o seu léxico singular e observaram persistências e rupturas que merecem ser novamente recolocadas. (leia mais)

A Constructivist Diagram: Beth Jobim’s Archaeology of Abstract Forms
Juan Ledezma - Texto da exposição In This Place, Henrique Faria Fine Art, New York - 2017
If concepts can be visual or visuality conceptual, it might be said of Beth Jobim’s recent artistic output that it provides a visual concept of disjunction. (leia mais)

O Lugar dos Enigmas Possíveis, Sublime Invólucro
Jorge Emanuel Espinho - Rio de Janeiro - 2015

No encontro com a obra de arte somos frequentemente remetidos a um lugar de expectativa passiva, a uma paisagem árida onde impera uma não-ação/interação meramente contemplativa, e apenas interiorizadora dos frugais conteúdos já definidos e transportados naquela obra. (leia mais)     

Elizabeth Jobim: Linhas Infinitas
Claudia Calirman - Texto das Exposições: Sem Fim - Lurixs, Rio de Janeiro - 2008 / Elizabeth Jobim: Endless Lines - Lehman College Art Gallery, Nova Yorque - 2008 - Versão original em Inglês - Tradução Liz Hmoriconi

Onde começa e onde  termina uma obra? Há ponto de partida ou ponto final? Um fluxo intermitente de linhas e volumes azuis toma os espaços brancos das telas. Aos poucos se apropriam do espaço ao redor e criam um ambiente arquitetônico. Corte e continuidade, fluxo e interrupção, moradas parciais e ninhos, espaços inertes e ativados criados por linhas que avançam continuamente, entrando de uma tela para a outra. A obra de Elizabeth Jobim está em processo continuo, em fluxo permanente, sempre a se desdobrar em novas formas. (leia mais) 

Paisagens Airadas
Taisa Palhares - Horizontais: Elizabeth Jobim - Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo - 2007 

Talvez pudéssemos interpretar, de forma um tanto quanto simplificada, a passagem do desenho à pintura na produção dos últimos anos de Elizabeth Jobim como a transformação da natureza-morta em paisagem. Naturalmente não penso aqui numa concepção tradicional destes gêneros. Sabemos que os arranjos de pedras presentes como o “assunto” dos desenhos da artista na verdade respondiam às questões diversas: da incompletude e transitoriedade da percepção à dialética entre espaço interno e externo das coisas. (leia mais)

A Persistência da Pintura
Paulo Sérgio Duarte - 5ª Bienal do Mercosul - Fundação Bienal do Mercosul, Porto Alegre - 2005

Estamos diante da pele do vazio. E ela nos envolve como a pele envolve nossa carne. A pintura nos abraça nesse ambiente que nos acolhe. Estamos recolhidos pelo espaço projetado pela artista como a pele recolhe nossos músculos, nossa carne, mas é pintura. Essa pele não tem nada a ver com os apelos orgânicos, quer ser só pintura, colada na parede, e nos envolve. O que Beth nos solicita tem tudo a ver à lição do poeta de uma “educação pela pedra”, agora quase literal. (leia mais)

Negar a Firmeza Precária das Coisas
Paulo Sérgio Duarte - Texto da Exposição - Centro Cultural de São Paulo, São Paulo - 2003

Passa um vento pelos rochedos vazados. São notícias do vazio no qual se transformou toda profundidade. Vento que desmancha até mesmo as pedras. Desfaz o desenho e acaba com a rigidez do mundo. É preciso negar a firmeza precária das coisas para reconstituí-la na realidade da arte. (leia mais)

A Idade das Pedras
Paulo Venancio Filho - Texto da Exposição - Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo - 2001

Por que essas coisas tão inóspitas, tão sem-assunto, pedras? Pedras são pedras, sem mistério, alegoria, símbolo — coisa à-toa, para se chutar. E esses desenhos se referem a pedras de diversas maneiras. São quase um estudo da pureza sólida do mineral. Matéria, forma, peso estão aí bidimensionalizados. Mas estão, especialmente, como coisas comuns e sem atrativos que amontoados ao acaso formam um conjunto que nada mais é do que uma natureza-morta de pedras. (leia mais)

Avant-garde ou Kitsch?
Cecilia Cotrim - Texto das Exposições: Elizabeth Jobim: Pinturas - Galeria Parangolé, Brasília - 1994 / Elizabeth Jobim - Museu da República, Rio de Janeiro - 1993

As aquarelas e óleos de Elizabeth Jobim interrompem o curso de uma produção artística que já surge destinada ao planeta da estética. Entre cáusticos e líricos, desafiam a saturação contemporânea. (leia mais)

Elizabeth Jobim

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